16/2/2009
Carne bovina: Receita com exportações caem 45% em janeiro, aponta a Abiec

Em volume, houve queda de 34%.


As exportações de carne bovina em valores caíram 45% em janeiro de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado. No total do primeiro mês do ano, foram comercializadas no mercado externo US$ 255.689,81 contra US$ 465.378,81 no mesmo mês do ano passado. Em volume, houve queda de 34%, com 81.812,41 toneladas vendidas ante as 124.696,78 toneladas exportadas em janeiro de 2008. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias Exportações de Carne (Abiec).
A exportação de carne in natura registrou queda de 38% com 56.599,13 toneladas exportadas em janeiro contra 91.891,35 toneladas no mesmo período de 2008. Em valores, as exportações de carne in natura caíram 54%, com o faturamento de US$ 168.463,21 ante os US$ 364.748,35 de janeiro do ano passado.
A carne industrializada totalizou 13.469,10 toneladas exportadas. Em janeiro de 2008, o volume exportado da carne industrializada chegou a 19.169,26 toneladas, representando uma queda de 18%. Em valores, a queda foi de 45%, com US$ 54.747,33 vendidos em janeiro, ante US$ 69.511,99 no mesmo mês do ano passado.
Previsões
O diretor da Abiec, Otávio Hermont Cançado, afirmou à Agência Brasil que, até março, o setor deve passar por uma readequação de mercado e, no segundo trimestre, será possível ter uma prévia de como vai caminhar o setor. Ele acredita que, no 2º semestre, o setor deve recuperar seus índices, chegando em níveis iguais ou um pouco inferiores aos registrados no segundo semestre de 2008. "A recuperação do preço dependerá da demanda dos países importadores, que queimaram estoque no final do ano passado e, agora, estão voltando a comprar do Brasil", avaliou.
Segundo Otávio, as indústrias deverão trabalhar com volume maior para manter a mesma renda, mas a tendência é que ocorra um ajuste de preços. Ele explicou que os preços das carnes nobres tem caído no mercado interno nos últimos meses devido a um reflexo da crise econômica global e da queda das exportações. É que, com a previsão de exportações não confirmada, o excesso de produção foi desviado para o mercado interno, que ficou superaquecido.
O diretor-executivo ressaltou que já se enxerga a possibilidade de protecionismo com relação ao setor da carne bovina brasileira, mas que a Abiec fará articulações com o governo e também procurará os países que insistirem em adotar qualquer medida restritiva.

Fonte: Portal DBO

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