6/3/2006
Seminário sobre políticas para as mulheres na reforma agrária termina hoje, em Porto Alegre

O seminario internacional Políticas para as Mulheres na Reforma Agrária e no Desenvolvimento Rural termina hoje (5), na Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), na capital gaúcha, com debates sobre o desenvolvimento rural e o acesso das mulheres à documentação trabalhista. Também será feito um balanço das políticas para a mulher do campo desde a "Carta do Campesino" de 1979, quando foi realizada a primeira Conferência sobre Reforma Agrária pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma, na Itália.

O evento, que antecede a Conferência sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural começou ontem (4) e reuniu, no primeiro dia de debates, cerca de 140 mulheres em torno de temas como o direito à terra, ao crédito, a tecnologias e políticas de combate à violência no campo. Participam do seminário representantes do Brasil e de vários países como Bolivia, México, Honduras, India, Peru e Argentina e de nações do continente africano. Ontem (4), foram apresentadas as experiências bem-sucedidas das Filipinas, Gana, Uganda, India, Peru e Brasil.

De acordo com a representante da organização internacional Oxfam, Rocio Vargas, o seminário é um "espaço importante para que as mulheres questionem e saibam quais são os principais obstáculos para a mulher rural". Segundo ela, "essa é a oportunidade de se fazer um diagnóstico e colocá-lo à mesa de negociação". A mesma expectativa sobre o encontro tem a assentada Maria Barros, uma das representantes de Pernambuco. Para a trabalhadora rural "é muito bom as mulheres do Brasil e de outros países saber dos problemas e tentar uma solução. Eu não vim de tão longe para sair daqui sem uma proposta concreta", afirmou convicta.

As conclusões do seminario serão apresentadas durante a 2ª Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural (CIRADR), que será aberta oficialmente amanhã (6), às 16 horas, pelo presidente da República em exercício, José Alencar, e o ministro do Desenvolvimento Agrária, Miguel Rossetto.



Fonte: Olhar Direto

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