10/11/2008
Pecuária de corte: No MS, projeto pretende certificar boi orgânico do Pantanal

Atualmente, algumas propriedades rurais do Mato Grosso do Sul já criam e engordam o animal em sistemas agroecológicos. Mas para entrar com força no mercado orgânico, precisam comprovar que atendem às normas e exigências dos órgãos certificadores. Capacitar para esta adequação é a principal proposta do projeto "Apoio à Certificação da Pecuária Orgânica no Pantanal", que o Sebrae e a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) lançam no dia 11 de novembro, em Campo Grande (Avenida Mato Grosso, 1661, Centro).

Participam do projeto 16 fazendas pantaneiras, que juntas ocupam 87 mil ha de terras e somam mais de 38 mil cabeças de gado. Destas, nove tiveram certificação no passado. A expectativa é que no primeiro ano todas estejam com o selo e até 2010 haja um aumento de 20% no rebanho de gado certificado e o Estado consiga a inserção no mercado norte-americano.

"Os produtores vão receber, através do projeto, apoio técnico, financeiro, comercial e sustentável para efetivarem todas as mudanças necessárias. A legislação exige, por exemplo, que as propriedades tenham um protocolo interno de compromisso sócio-ambiental, envolvendo os funcionários na educação, cultura, lazer e preservação do Pantanal", explica o gerente de agronegócio do Sebrae/MS, Carlos Alberto do Valle. Além do interesse econômico em agregar valor à pecuária, o incentivo ao boi orgânico, segundo Carlos Alberto, visa proteger a Reserva da Biosfera do Pantanal, que é a terceira maior do mundo.

Estudo da International Federation of Organic Agriculture Movements (IFOAM) mostra que em 2007 havia quase 31 milhões de ha certificados como orgânicos no mundo, em mais de 100 países. A maior área está na Austrália, com 11,8 milhões de ha. O mercado destes produtos cresceu muito principalmente na Europa e na América do Norte; nos Estados Unidos, a carne orgânica foi a que teve maior crescimento no setor: 51%.


Fonte: Portal DBO

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