27/10/2008
Risco de febre aftosa do Ceará será reavaliado pelo Ministério

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) enviará em novembro equipes de técnicos ao Ceará para reavaliar o calendário agrícola do Estado e auditar os avanços realizados no combate à febre aftosa. A decisão foi tomada pelo ministro Reinhold Stephanes em reunião com o governador Cid Gomes e com o secretário do Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana.

Segundo Camilo, o calendário agrícola do Estado está defasado. "É preciso rever este calendário para não onerar os produtores que têm condições de plantar diversas culturas ao longo do ano", explica. O calendário é um documento produzido pelo Ministério que serve de base para bancos darem crédito aos agricultores e que também baseia o seguro safra. "O calendário universaliza o plantio para todo o Estado apenas entre dezembro e fevereiro. No entanto, outras regiões têm condições de plantar por mais tempo", argumenta.

Com relação ao combate à febre aftosa, um grupo de trabalho de técnicos do Ministério vai acompanhar os resultados das campanhas realizadas pelo Ceará desde 2007 que buscaram vacinar quase 100% do rebanho bovino do Estado. "Cumprimos todas as exigências do Ministério e pleiteamos sair do nível de risco desconhecido para o de risco médio. Assim poderemos caminhar futuramente também para o status de risco zero", afirma Camilo Santana.

Para Camilo, contar com uma avaliação de risco zero para a febre aftosa quebra as barreiras que impedem que o gado cearense atravesse fronteiras ou que seja exportado para países da Europa e para os Estados Unidos. "Isso criará as condições para que os produtores cearenses aumentem seus rebanhos e passem a explorar mais ativamente a agropecuária", afirma.

Fonte: Diário do Nordeste

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