21/2/2006
Denúncia: russos cobram propina para comprar carne

Exportadores brasileiros de carne bovina estão subornando funcionários russos para furar o embargo decretado pelo país, afirma matéria de Jamil Chade, para o jornal Estado de S. Paulo. A propina é de US$ 125,00 por tonelada de carne. Por isso, os embarques do produto para a Rússia quase dobraram no período de dezembro de 2005 a janeiro de 2006. Passaram de US$ 24,82 milhões (12,5 mil toneladas) em dezembro para US$ 45,38 milhões (24 mil toneladas) em janeiro.

O esquema foi revelado por um dos agentes mais experientes no comércio de carnes entre os dois países. Segundo ele, a propina serve para que os veterinários que inspecionam as carnes façam vistas grossas à data do abatimento da carne. Assim, produtos empacotados após 12 de dezembro continuam a ganhar o aval para seguir viagem rumo à Rússia.

No Brasil, quem faz a liberação das carnes para o mercado russo é a empresa Welby, com sede em Itajaí/SC. Contatada pelo Estado, uma funcionária da empresa identificada apenas como Daniela afirmou que a Welby "presta serviços ao governo russo", fiscalizando e autorizando o embarque das carnes.

Ela negou que a empresa seja do governo de Moscou, mas afirmou não saber quem é o proprietário. Segundo os exportadores, a Welby cobra US$ 14,5 por tonelada de carne autorizada a ser carregada.

"As diferenças entre o que nós reportamos como exportação e o que os russos dizem que importaram são enormes", afirmou um brasileiro que atua nas negociações internacionais. As informações são do jornal Estado de S. Paulo.



Fonte: Beef Point

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