26/5/2008
ExpoGoiás apresenta os campeões

O boi nelore Sam da Baronesa impressiona os visitantes que passam pelo Parque Agropecuário de Goiânia durante a 63ª Exposição Agropecuária de Goiás e 23ª Exposição Internacional de Animais pelo seu porte.
Ele é o grande campeão de peso da feira: com apenas 34 meses de idade, Sam pesa 1.240 quilos. Assim como ele, outros animais se destacam no evento, que começou a revelar seus grandes campeões de raças bovinas.
É o caso de Jalne ER da FSN, grande campeão nelore mocho da ExpoGoiás, do criador Rogério de Oliveira, da Fazenda Nelore Genessis, de Itumbiara. Na ExpoGoiás, o visitante também pode conhecer o nelore grande campeão da Expozebu 2008, de Uberaba (MG), uma das mais importantes para a raça no País: Fadel da Cruz Alta, de propriedade de João Paulo Mendonça, de Conquista (MG).
Todos são animais que se tornam altamente respeitados no mercado. "Sendo campeão em exposições ranqueadas, como as de Goiás e Uberaba, o animal soma mais pontos para sua carreira de pista", explica o diretor administrativo da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Sílvio Marques.
Por isso, a premiação numa exposição como a de Goiás valoriza o animal no mercado. "Os machos têm seu sêmen muito valorizado, assim como os embriões das fêmeas campeãs. Quanto mais premiado, mais valorizado", destaca Sílvio Marques.
Não é à toa que até personalidades investem neste mercado pecuário. Um dos proprietários do pesado Sam da Baronesa é o cantor Bruno, da dupla Bruno e Marrone. O animal, exposto pela Fazenda Nelore Rayo pra Você, de Padre Bernardo, também já foi Reservado Campeão Sênior na Expozebu e em Brasília.
O zootecnista Geraldo Santana estima que, quando chegar à central de inseminação artificial, uma única dose de sêmen de Sam custe, no mínimo, entre R$ 100 e R$ 150.
Ele lembra que, para ser campeão, um bovino precisa ter genética, nutrição, sanidade e manejo corretos, o que resulta em peso e boas características racial e funcionais e estrutura óssea. "Hoje em dia, com melhoramento genético, o ganho de peso é cada vez mais precoce", lembra Geraldo Santana.
Ganho comercial
Esses bovinos de elite campeões das exposições agropecuárias no País se tornam a base para a maior produtividade do gado comercial brasileiro, ou seja, aquele que vai para o abate no frigorífico.
Para o presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, Vilemondes Garcia Andrade Filho, o investimento na genética da raça disseminou a possibilidade de mais criadores terem acesso à melhoria do rebanho.
Essa evolução é obtida com inseminação artificial, transferência de embriões e fertilização in vitro. "Avanços genéticos dos animais de elite são repassados para a base do gado comercial", destaca o criador. O resultado é um abate cada vez mais precoce dos animais, cujo tempo para abate foi reduzido de 4 a 5 anos para 24 a 30 meses.



Fonte: O Popular

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