30/8/2005
Exportar mais é desafio para agricultura

O Brasil tem desafios pela frente para ampliar sua participação no mercado mundial. Investir em pesquisa é um dos pilares para esta expansão, segundo o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto.



"O País reúne o maior conhecimento sobre agricultura tropical do mundo. A pesquisa contribui para atender à demanda por alimentos e agroenergia", disse, no seminário Agro-Brasil 2005.



Outro ponto destacado por Guedes para que o País se destaque mais no comércio agrícola internacional é a defesa sanitária - animal e vegetal. "Até meados de setembro, deve ser redigido decreto que regulamenta a lei sobre defesa sanitária. A lei cria um sistema unificado de defesa", diz. Para o diretor-presidente do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), Marcos Jank, o Brasil precisa ampliar o acesso aos mercados e aproveitar o crescimento da demanda por alimentos dos países em desenvolvimento, principalmente, os asiáticos. Na avaliação de Jank, o Brasil deveria "negociar mais" na Organização Mundial do Comércio (OMC), por exemplo, em Hong Cong , em dezembro.



O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ressaltou o potencial do agronegócio brasileiro, à medida que o País não enfrenta problemas de escassez de água, como a Austrália, ou dificuldade para expandir sua fronteira agrícola, como ocorre nos Estados Unidos.



Já o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, afirmou que o governo federal precisa incentivar a atividade agrícola por meio do seguro rural, "o qual não será contestado na OMC".



Planejamento "A agricultura do futuro passa por avanços tecnológicos e acesso a mercados", diz o governador de Goiás, Marconi Perillo. Mas, no Brasil, "o câmbio não remunera o produtor, e não há garantias de preços mínimos".



Perillo destaca que a safra 2005/06 pode ser de 100 milhões de toneladas. "Isso é inadmissível para um País que tem tudo para ser o maior produtor do mundo", lamenta.

Fonte: Gazeta Mercantil

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