3/2/2006
Raiva em gado é mantida sob controle no Paraná

A chefe em exercício da DDSA, Mariza Koloda, lembrou que a raiva no Paraná é considerada endêmica. “É uma doença comum no Estado. Mas, mantida sob controle. Por isso, o controle da raiva é uma ação rotineira para os técnicos da Secretaria da Agricultura, que monitoram a população dos morcegos hematófagos, ou seja, aqueles que se alimentam de sangue. O objetivo é baixar a ocorrência da doença”, destacou.

Técnicos da DDSA lembraram que o Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) prevê apenas o controle do morcego hematófago. Segundo eles, a doença só ocorre em locais onde existem morcegos contaminados com o vírus da raiva. “É importante saber que nem todos os morcegos hematófagos transmitem a doença. Somente os portadores do vírus”, disse Koloda. Ela ainda lembrou que a raiva pode ser evitada com a vacinação. Por isso, não há motivo de pânico por parte da população.

Para a chefe da Seção de Raiva/BSE, Elzira Jorge Pierre, alguns cuidados devem ser tomados. “É importante não tentar capturar um morcego ou ter contato direto com a saliva dos animais que apresentam os sintomas da doença”, lembrou. Segundo ela, além da vacinação, os produtores devem comunicar imediatamente aos médicos veterinários da Secretaria quando ocorrer algum sinal clínico da doença.

Sinais

Pierre ainda destacou que, entre os sinais clínicos da raiva, estão a alteração de comportamento do animal, medo de claridade, depressão, falta de coordenação muscular, agressão, dilatação da pupila, salivação excessiva, dificuldade de engolir e paralisia. “O período de incubação é variável conforme a espécie atingida. Porém, a partir do aparecimento dos sinais da doença, ela é rapidamente progressiva e pode levar o animal à morte em sete dias”, disse. Koloda ressaltou que os médicos veterinários da iniciativa privada também têm a responsabilidade de fazer a comunicação oficial quando algum animal apresentar ou morrer com algum sintoma nervoso. “Ainda é importante fazer a coleta de material, que deve ser encaminhado para exame laboratorial de raiva”, disse.

O envio do material coletado ao Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti, em Curitiba, laboratório de referência no Estado, é gratuito. Isto, desde que seja enviado através de alguma unidade veterinária da Secretaria. “O exame no Marcos Enrietti também é gratuito. Antes, é necessário que seja preenchido um formulário específico, encontrado em qualquer uma das 124 unidades veterinárias da Secretaria, espalhadas pelo Paraná”, lembrou. Desde o começo do ano, foram confirmados 25 casos de raiva no Paraná. No ano passado, o Marcos Enrietti confirmou 68 casos. Em 2004, foram 54 e, em 2003, 70 casos. Em 2002, o Centro de Diagnóstico identificou 71 casos positivos.

Cascavel Desde quando foi confirmado um foco de raiva no distrito de São João, em Cascavel, a propriedade atingida foi visitada pelos técnicos da Secretaria da Agricultura. “Desde então, já visitamos mais de 80 propriedades no raio de 12 quilômetros em torno da área do foco”, informou Pierre.

Segundo ela, no mesmo dia da confirmação do foco, a Secretaria da Saúde foi informada e iniciou o trabalho de vacinação das pessoas que tiveram contato direto com os animais doentes. “Os cães e gatos das propriedades, onde a raiva foi confirmada, também foram vacinados”, disse. Até o momento, na região, foram confirmados resultados positivos nos exames realizados em 13 animais de 10 propriedades. Além da coleta de material feita pelo pessoal da Secretaria da Agricultura, técnicos da Secretaria da Saúde orientam os moradores da região, que tiveram contato com animais possivelmente contaminados, e vacinam cães e gatos. “A raiva é transmitida por contato direto. Principalmente, através da mordida de um animal infectado”, disse Pierre.




Fonte: Olhar Direto

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