31/1/2006
Brasil apóia Rússia na OMC, mas embargo continua

Mesmo com apoio à entrada da Rússia na OMC, o Brasil não recebeu nenhuma garantia sobre as condições de acesso de carnes brasileiras aquele país.

Em Davos, o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, levantou junto ao ministro de Comércio da Rússia, German Graf, a demanda para Moscou "flexibilizar o embargo à entrada das carnes por causa da febre aftosa", mas ele disse que primeiro era preciso assinar o entendimento para entrada na OMC.

Após isso, Graf prometeu falar com o Ministro da Agricultura, Alexey Gordieyev, para apressar a solução.

Quanto ao futuro das exportações de carne com base no acordo na OMC, o vice-ministro russo Maxim Medvedkov, que chefiou a negociação, afirmou que a Rússia não deu garantia de aumentar as importações. O governo deu quase todas as cotas, com tarifa menor, para fornecedores dos EUA e da UE. O Brasil ficou na categoria "outros", com volume bastante limitado. Ele destacou que o Brasil se beneficiará do Sistema Geral de Preferência, reservado aos países em desenvolvimento: será aplicada a redução adicional de 25% sobre a tarifa de importação de carnes.

Furlan acredita que o Brasil continuará exportando pelo menos o equivalente à média dos últimos três anos. Uma das razões pode ser a exportação via Kaliningrado. Segundo ele, empresas brasileiras planejam se instalar ali para agregar valor à mercadoria. Empacotarão a carne, que assim passa a ser produto russo, não estando sujeito à cota. A matéria é do Valor Econômico.



Fonte: Beef Point

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