22/8/2005
Brasil perde status para risco de vaca louca

No último dia 15 de agosto, chegou ao Ministério da Agricultura comunicado da União Européia que considera o país com possibilidade improvável mas não excluída de desenvolver a doença. Técnicos pedirão reavaliação

A União Européia rebaixou a classificação do Brasil quanto ao risco para a encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como mal da vaca louca. O Ministério da Agricultura recebeu o comunicado no último dia 15 de agosto. O país passou do status GBR 1 (possibilidade altamente improvável de ter casos clínicos ou pré-clínicos da enfermidade) para o GRB 2 (possibilidade improvável, mas não excluída, de desenvolver a doença).
Até agora, nenhum membro do grupo europeu tomou algum tipo de atitude de barrar as exportações, com base nesse relatório final, embora a possibilidade de rebaixamento já existisse, em documento preliminar, conforme adiantou a Revista DBO do mês de julho. Os técnicos do Ministério consideram uma manifestação importante da União Européia, já que o bloco comprou, no ano passado, 25% do volume de carne bovina exportado pelo Brasil, gerando mais de 38% da receita do setor.
Para o Ministério é difícil prever quais serão as reações, vai depender do entendimento dos países envolvidos. De qualquer forma, segundo os técnicos, a diferença de um status para outro é muito sutil. No momento, eles avaliam o relatório mas é certo que será pedida uma reavaliação.
É preciso lembrar também que o risco do aparecimento da doença no Brasil é considerado desprezível por dois outros grupos de peso: o Nafta (Acordo de Livre Comércio da Amértica do Norte), que envolve Estados Unidos, Canadá e México e a Austrália.
Em relação à OIE (Organização Internacional de Epizootias), a metodologia utilizada é outra e ainda está em consolidação. A discussão pendente é sobre a forma de vigilância utilizada nos países, como testes de avaliação e procedimentos de diagnósticos. Esses assuntos serão discutidos no próximo mês de outubro e é esperada uma definição final para maio de 2006.
O Brasil faz sua própria análise de risco, com consultoria internacional e, dependendo dos resultados, poderá pedir ainda este ano a classificação da OIE como país de risco negligenciável.

Fonte: Portal DBO

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