17/8/2005
Mapa adota DNA para exames de paternidade bovina

Em sintonia com o mercado mundial de carne, a agropecuária brasileira entra oficialmente na era do DNA. O Ministério da Agricultura acaba de adotar a genotipagem como critério para os exames de paternidade bovina, em substituição aos baseados em tipagem sanguínea. O Grupo Genoa, maior empresa privada de biotecnologia do país, foi a empresa paulista credenciada pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento para a realização do exame em qualquer lugar do território nacional.



A autorização foi publicada no final de julho no Diário Oficial da União, por meio da portaria Nº 97 do Ministério. A medida atende aos critérios exigidos pelos principais mercados consumidores de carne, como a União Européia, e a adoção do exame se torna um diferencial necessário para a comercialização do produto nos grandes centros consumidores. Na Europa já se adota o conceito do pasto ao prato, onde a identificação de origem do animal é comparada com o destino de sua carne vendida aos consumidores.

Com o novo critério baseado em análise de DNA o criador recebe uma certificação cujo grau de confiabilidade é superior a 99%, contra os cerca de 50% do exame por tipagem sanguínea.



– O animal examinado terá um Certificado de Teste de Paternidade que elimina qualquer dúvida sobre sua ascendência – afirma Fábio Diogo, vice-presidente do Grupo.



Os testes de paternidade bovina e eqüina oferecidos pela Genoa/Indicus são baseados em seqüenciamento de DNA e seguem os critérios estabelecidos pela International Society for Animal Genetics (ISAG). Com isso o atestado emitido pela Genoa tem reconhecimento internacional e é aceito nos principais países relacionados ao mercado de importação/exportação de carne.



A mudança marca uma nova fase da pecuária nacional e atende às necessidades de aprimoramento genético do rebanho e incremento da atuação no mercado externo. As 190 milhões de cabeças criadas no Brasil fazem do país a sede do maior rebanho de corte do mundo. De acordo com o Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte, entre janeiro e outubro de 2004 o faturamento com atingiu cerca de US$ 2 bilhões com a exportação de 1,5 milhão de toneladas de carne.

Fonte: Jornal Mato Grosso do Norte

Voltar