17/8/2005
Belotto faz balanço otimista do combate à aftosa no continente

“A erradicação da febre aftosa no continente americano é uma iniciativa que vai passar para a história. Estamos fazendo história e desenvolvendo ações que podem servir de exemplo para outros trabalhos comuns, como o combate à fome”. A afirmação é do chefe da Unidade de Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Albino J. Belotto, após encontro com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Gabriel Alves Maciel.



Belotto fez um balanço otimista dos esforços que os países da região vêm realizando para combater a doença e citou a Bolívia que “tem avançado rápido e há mais de dois anos não registra nenhum foco de aftosa”. Ele lembrou também que o sul do Peru é considerado livre sem vacinação desde maio último. O técnico citou os esforços do Brasil que conta com 16 estados reconhecidos internacionalmente como livres da doença com vacinação e vem intensificando campanhas nas regiões Norte e Nordeste, ainda consideradas de maior risco.



Belotto elogiou o trabalho coordenado que os países do continente vêm desenvolvendo nas áreas de fronteira, sem ferir soberanias e a resolução que estabeleceu o compromisso para erradicação da doença no Mercosul ampliado, incluindo Chile e Bolívia. Para o representante da OPAS, é fundamental o trabalho conjunto entre governos e o setor produtivo. “Essa integração tem contribuído para o processo de conscientização dos pecuaristas, hoje cientes de suas responsabilidades com a saúde, o meio ambiente e a questão social".



Belotto recordou o caso da Inglaterra que resultou no sacrifício de 6 milhões de animais e num prejuízo de US$ 12 bilhões. “Além das perdas específicas no agronegócio, a aftosa pode prejudicar até o turismo. O turista que não tem informações sobre a doença, muitas vezes fica com medo de viajar para países onde ela se manifesta”, conclui Belotto.

Fonte: Mapa

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