30/8/2013 Indústrias negam prática de cartel na pecuária
O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindam), Ricardo Pinto, garantiu que não há formação de cartel na cadeia produtiva da carne. O dirigente participou de audiência reservada da Subcomissão de Combate à Cartelização do Agronegócio, que investiga a cadeia produtiva da carne no Brasil e no mercado internacional.
De acordo com o dirigente, o mercado é bastante competitivo. “Nós temos uma série de empresas que militam no trabalho e o mercado é bastante acirrado. As localizações são bastante separadas. Em termos de preço, de oferta, a concorrência é muito grande. Se a gente for falar de biológicos e vacinas, nós temos entre oito, dez empresas que fabricam [vacina] contra a febre aftosa e a raiva. A existência de cartel inexiste e nunca foi comprovada porque ela inexiste, simplesmente."
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, sugeriu mais aproximação entre produtor e indústria para competir com as grandes redes que vendem carne no varejo.
Camardelli se aliou a Ricardo Pinto na negativa da existência de cartel no setor. "Não existe. A gente quer chamar atenção da comissão para o problema que nós não vivemos uma cadeia produtiva. Cadeia produtiva salutar é aquela onde todo mundo ganha ou todo mundo perde. Infelizmente, nós precisamos nos aproximar, dos dois lados - produtor e indústria. Só nós organizados podemos fazer frente ao varejo, que tem hoje o maior mark-up do mercado."
Mark-up é um termo de economia em inglês que significa a diferença entre o custo de um bem ou serviço e seu preço de venda.
O presidente da subcomissão, deputado Moreira Mendes (PSD-RO), explicou que os convidados foram ouvidos em audiência fechada porque o tema é muito sensível e interessa a muito setores. “Interessa ao produtor rural sobremaneira. Interessa a nós deputados que é nosso dever fiscalizar. Mas nós temos que ter muita cautela na divulgação de qualquer informação, por conta de que estamos tratando com grandes empresas, com ações negociadas em bolsa. É preciso ter muita prudência nessas coisas."
Fonte: informações da Agência Câmara
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