28/8/2013
Dona do JBS tem nova sociedade com o governo

O preço médio de R$ 110,5 por MWh para a energia eólica, alcançado no leilão de energia realizado na sexta-feira pelo governo federal, foi comemorado pela presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. O valor representou um deságio de 5,5% sobre o preço máximo permitido e apagou da lembrança o polêmico leilão realizado em dezembro, quando a energia eólica foi comercializada por R$ 88 por MWh, o mais baixo preço da história do setor no país.
Tanto o preço quanto o volume negociado no leilão de sexta-feira foram "muito bons", disse Elbia, para quem o último certame refletiu a realidade do setor, ao contrário do leilão realizado em dezembro. Os parques eólicos que venceram o último leilão somam 1,5 mil MW de potência instalada e vão exigir investimentos de R$ 5,4 bilhões. A energia foi comprada pelo próprio governo, por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para garantir o abastecimento do país.
Chesf e Furnas, empresas da estatal federal Eletrobras, participaram ativamente do leilão, mas em consórcios com outras empresas. Furnas associou-se ao grupo J&F, dono do frigorífico JBS e que constituiu no ano passado o fundo de investimento FIP Caixa Milão para investir no setor elétrico. Os consórcios formados pelas duas empresas - nos quais Furnas detém 49% e o FIP Caixa Milão 51% das ações - venderam 248 MW de 13 eólicas no Rio Grande do Norte e Ceará, por preços que variaram entre R$ 112 a R$ 116 por MWh.
A Bioenergy, que derrubou os preços em 2012, não participou do leilão de sexta-feira. Também ficaram de fora outros nomes de peso, como a CPFL Energias Renováveis, que abriu o capital há cerca de um mês, nadando contra as turbulências dos mercados financeiros. Na sexta-feira, a companhia anunciou a saída de seu presidente, Miguel Saad, que será substituído por André Dorf. O executivo presidia a Suzano Energia Renovável.
Já a Renova, que disputa com a CPFL Renováveis o título de maior empresa do setor no país, comercializou no leilão nove parques na Bahia, que somam 159 MW de capacidade instalada. Os lotes foram vendidos por R$ 106,02 por MWh.


Fonte: informações do Valor

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