22/7/2013 Rússia deve reduzir embargo aos poucos
A Rússia começou a flexibilizar o embargo contra as carnes de Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso mesmo sem ter no radar planos para acabar formalmente com a interdição imposta desde julho de 2011, segundo fontes em Moscou consultadas pelo Valor.
O governo russo voltou a habilitar três frigoríficos do Paraná a exportar para seu mercado. E neste mês uma missão de veterinários do país visitou plantas em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, o que pode levar à reabertura para alguns produtores desses Estados.
No entanto, fontes na capital russa estimam que dificilmente Moscou suspenderá formalmente o embargo, porque isso significaria que 30 frigoríficos dos três Estados brasileiros voltariam a exportar para o mercado russo.
Isso é considerado muito improvável por representar um enorme aumento potencial de exportações. Basta ver que atualmente apenas 40 frigoríficos brasileiros estão autorizados a exportar para o mercado russo.
A Rússia quer manter o controle das importações para não desagradar seus próprios produtores. "O que os russos vão continuar fazendo é uma liberalização progressiva para o Brasil", afirmou um especialista.
No Paraná, os russos habilitaram duas plantas produtoras de frango e uma de carne de cavalo, o que representou a criação de um novo nicho para os brasileiros. Já a missão russa que esteve no país no começo de julho visitou 18 estabelecimentos.
As exportações de carnes brasileiras para a Rússia tiveram seu auge entre 2007 e 2008. Depois, passaram a declinar.
Além do embargo sanitário aos três Estados (Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso), inúmeros frigoríficos de outras regiões do Brasil foram desabilitados pelos russos. O pior caso foi o da carne suína, já que restou apenas um frigorífico habilitado, em Santa Catarina.
Desde então, já estiveram em Moscou desde a presidente Dilma Rousseff ao vice-presidente Michel Temer, além de ministros, sem derrubar o embargo russo. Em todo o caso, as exportações brasileiras à Rússia se mostraram mais estáveis no primeiro semestre deste ano e a expectativa é que as vendas não voltem a recuar.
Fonte: informações do Valor
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