Unimar
 

16/7/2013
Como ficará o confinamento?

Alguns bons indicadores no segmento podem ampliar as perspectivas iniciais de bovinos confinados durante a atual entressafra, em Mato Grosso. Como aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o segundo giro do confinamento – que é a entrega de animais a partir de outubro – pode ser favorecido pela redução do preço do milho, bem como pelo preço futuro da arroba. Apesar da projeção de “um céu mais limpo” para o período, ninguém arrisca uma revisão sobre a intenção de confinamento para este ano neste momento.
Em maio, o Imea divulgou a primeira estimativa que apontou para 809,56 mil cabeças, uma redução de 12,9% em relação à intenção de igual momento de 2012, porém, alta de 2,1% na comparação com o que foi efetivamente terminado em confinamentos no ano passado, 792,7 mil cabeças.
Como explica o Imea, terminado o mês de junho e com início de julho, vão se confirmando as expectativas com relação à terminação de bovinos no cocho. “Houve queda de quase 1% nos abates em junho, indicando que até o momento a oferta de gado confinado no primeiro giro está fraca, consequência do cenário incerto na hora da tomada de decisão de fechar ou não a boiada. No entanto, para o segundo giro, com entrega a partir de outubro, nota-se um céu mais limpo, com algumas nuvens, porém, melhor e com bons indicativos”.
O cenário melhor se alicerça no preço do milho, que atualmente está custando R$ 12,77/saca, em Mato Grosso, 38,3% mais barato que no ano passado. Outro ponto que reforça o bom momento é o preço futuro na Bolsa em São Paulo. Os agentes do mercado estão precificando o boi gordo a R$ 104/@ para outubro, isto é um ágil de 2,1% ante o mercado físico de São Paulo.
Apesar dos fortes indicadores, os analistas de bovinocultura do Instituto chamam à atenção para uma realidade do mercado: a falta de boiada magra que pode pressionar as margens do confinamento àqueles que ainda não compraram animais. “O animal está custando, em média, R$ 1.137,69/cabeça, uma alta de 7,74% ante julho do ano passado”. Os analistas, mesmo assim, classificam o momento como bom, “mas como a atividade de confinamento é de alto risco, é hora de equalizar as contas e tomar decisões acertadas”.
O preço atual do boi magro nelore, em Mato Grosso, é 2,15% maior ante junho de 2013 e 7,74% mais que no mês de julho de 2012. Ao considerar um boi gordo com 16,5 arrobas e um preço de R$ 87,20/@ no mês de julho de 2013, chega-se ao preço de R$ 1.438,88/cab. “Atualmente, com a venda de um boi gordo se adquire 1,26 boi magro, o pior resultado do ano de 2013 e abaixo da média histórica de 1,32”, e essa constatação pode fazer toda a diferença ao pecuarista.


Fonte: Diário de Cuiabá

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